PARA LER E REFLETIR

 


ASSUMIR O ERRO DOS OUTROS

        Jesus Cristo, ao que me conste, não admitia erros que não tivesse cometido. Mas, parando para pensar, chego à conclusão de que assumiu conscientemente os erros de outros e pagou em lugar dos verdadeiros culpados.

         Admitir que sou autor de algo que não fiz, isso eu não farei.

Assumir por amor fraterno a responsabilidade, isso talvez; Os pais não poucas vezes assumem o erro dos filhos; os irmãos não poucas vezes a assumem o erro do outro; os verdadeiros amigos não poucas vezes assumem o erro do amigo.

         Se me acusarem de tomar droga porque tenho amigos que se drogam, não admitirei, mas assumirei. Se me acusarem de pecar contra o sexto mandamento só porque tenho amigos que vivem em concubinato, não admitirei, mas assumirei. Se me agredirem porque não fico de dedo em riste apontando aos outros os seus erros, chegando a sentar-me à mesa com “pecadores públicos”, assumirei.

Jesus Cristo hospedou-se na casa de Zaqueu (Lc 19,1-19);

Jesus Cristo era amigo de Madalena de quem tirou sete demônios (Mc 16,9);

Jesus Cristo comeu em casa de Simão, o fariseu (Lc 7,36-40);

Jesus Cristo defendeu a mulher adúltera (Jo 8,1-11);

Jesus Cristo deixou-se tocar por uma mulher de má reputação (Lc 7,36-50).

         Assumiu as pessoas erradas sem assumir o erro que haviam cometido. E o fez talvez porque seja muito mais fácil conhecer pessoas que estão erradas. E há uma enorme diferença: há pessoas que erram, mas nem por isso são pessoas certas. Que Deus me ensine, pois a jamais admitir-me culpado de erros que não cometi, mas que me dê a graça de se for preciso, assumir o erro dos outros. Só assim serei discípulo de verdade. E talvez atinja então a pureza de quem ama sem fazer chantagem.

         Por um amor que seja puro terei, então, chegado à perfeição de amar como Jesus amou! Fácil eu sei que não é. Mas se quero um pouco de céu na terra, não existe outro caminho.

                                                                                                                                                                               (Pe. Zezinho, scj.

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NUNCA CHEGUE ATRAZADO

Certo Padre recebia um jantar de despedida pelos 25 anos de trabalho ininterrupto à frente de uma paróquia. Um político da região e membro da comunidade foi convidado para entregar o presente e proferir um pequeno discurso. O político se atrasou...

O sacerdote, então, decidiu proferir umas palavras: “A primeira impressão que tive da paróquia foi com a primeira confissão que ouvi. Pensei que o bispo tinha me enviado a um lugar terrível, pois a primeira pessoa que se confessou me disse que tinha roubado um aparelho de TV, que tinha roubado dinheiro dos seus pais, também tinha roubado a firma onde trabalhava, além de ter aventuras amorosas com a esposa do chefe. Também em outras ocasiões se dedicava ao tráfico e a venda de drogas e para concluir, confessou que tinha transmitido uma doença à própria irmã. Fiquei assustadíssimo... Mas com o passar do tempo, entretanto, fui conhecendo mais gente que em nada se parecia com aquele homem... Inclusive vivi a realidade de uma paróquia cheia de gente responsável, com valores, comprometida com sua fé e desta maneira tenho vivido os 25 anos mais maravilhosos do meu sacerdócio.”

Justo nesse momento chega o político, e foi lhe dado à palavra para entregar o presente da comunidade, prestando a homenagem ao padre. Pediu desculpas pelo atraso e começou o discurso dizendo: “Nunca vou esquecer do dia em que o padre chegou à nossa paróquia... Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro a me confessar com ele...”

                                                                                                 Moral da história: “NUNCA CHEGUE ATRASADO.”

 

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ENCONTREI O GRANDE AMOR DA VIDA

Encontrei o Grande Amor da vida
que me dá só alegria e paz.
É o amor que vem do alto,
à Ele posso me entregar.
Nunca me senti tão livre assim...
Liberdade para o amor, amar
e a certeza de vive-LO
e poder te cativar.

O amor de Deus é eterno
Nele posso sempre confiar.
É amor divino e perfeito,
que me faz viver para amar.

Vejo esse amor em tudo...
Na criação do mundo e mais...
Vejo esse amor na cruz,
Verdade que me satisfaz.
Como não amar esse amor
que tudo criou para amar?
Pois sou filho desse amor,
expressão de sua paz.

Quanta coisa errada dos homens
que contrariam a fé nesse amor!?
Quanto é infeliz aquele
que não teme o Senhor!
Cada um escolhe na vida,
liberdade tem pra escolher.
A verdade que o transforma
ou a mentira que não deixa viver.

Frei Fernando,OFMconv.